Diagrama de Caso de
Uso
O
ponto de partida é saber quem ou o que interage dentro da aplicação a ser
construída. Não deve considerar o comportamento interno do sistema. Deve prever
todas as operações que vier a disponibilizar.
Caso de Uso é
utilizado para identificar as regras de negócio e servem para entender o ponto
de vista do usuário. São aplicados para capturar os requisitos solicitados pelo
cliente.
Um
Diagrama de Caso de Uso não deve ter todos os detalhes de implementação.
Representa uma função, manipulada por uma entidade do sistema: o Ator. Não
devem ser utilizados para realizar a decomposição funcional do sistema. O
importante é o objetivo do ator.
Passos:
·
Definir o sistema e entendimento macro de seus objetivos;
·
Identificar os atores: identificar quais as fontes de informações a
serem processadas e quais são os destinos das informações geradas pelo sistema.
·
Identificar ações das quais o ator participaria, ou seja, identificar
os Casos de Uso. Representam os objetivos dos atores.
·
Agrupar tais ações, de forma que tenha um nome em comum representativo.
·
Detalhar várias situações de funcionalidade para os casos de uso.
·
Checar o modelo com usuários e clientes.
Quando
mais de um ator participa de uma parte do Caso de Uso, então deve-se
desmembrá-lo.
Cada
Caso de Uso deve ser definido através da descrição narrativa das interações
entre os atores e o sistema. Pode ser descrição contínua, descrição numerada e
descrição particionada. Pode ou não mencionar a tecnologia a ser utilizada.
Atores podem dar origem a classes,
sendo assim, podem ter os mesmos relacionamentos existentes entre elas. Nos
diagramas de casos de uso, usa-se apenas a generalização para descrever um
comportamento comum entre os atores.
Um
caso de uso deve ser analisado sob a ótica de vários cenários, o que permitirá
avaliar sua completude de funcionalidade. As atividades realizadas pelas
pessoas são o foco dos cenários a serem criados, possibilitando uma perspectiva
ampla quanto aos problemas atuais.
Um
caso de uso é uma atividade composta por uma sequência de ações que o sistema
executa, revela um padrão de comportamento, acionado por um ator ou outro caso
de uso e produz um resultado que contribui para os objetivos do sistema.
·
Um caso de uso modela a interação entre os atores e o sistema, ou mesmo
entre casos de uso.
·
Um caso de uso é ativado por um ator ou por um outro caso de uso para
acionar uma certa função do sistema.
·
Um caso de uso é um fluxo de eventos completo e consistente.
·
Todos os casos de uso juntos representam todas as situações possíveis
de utilização do sistema e mostram a funcionalidade existente disponível neste.
Para
identificá-los, pode-se seguir o seguinte roteiro:
·
O software precisa ter quais funções para satisfazer as necessidades de
um ator? O que o ator precisa fazer?
·
Um ator precisará ter acesso ou
informar dados ao software? O ator precisa ser notificado sobre os eventos no
sistema ou é o ator quem precisa notificar o sistema sobre algo?
·
É possível simplificar ou melhorar o trabalho do ator mediante a
inclusão de novas funções ao sistema, principalmente funções não automatizadas?
Para
identificar atores ainda não conhecidos, pode-se utilizar as seguintes
questões:
·
De que entradas ou saídas o sistema precisa? De onde elas vêm e para
onde vão?
·
Quais são os principais problemas com a implementação já existente do
sistema?
Para
que um diagrama de caso de uso seja rigorosamente avaliado, emprega-se o
conceito de cenário. As atividades realizadas pelas pessoas são o foco dos
cenários a serem criados, uma vez que tal procedimento possibilita uma
perspectiva ampla quanto a visualização dos problemas atuais do domínio
descrito.
Identificando
os casos de uso:
Casos
de Uso Primários: São aqueles que representam os objetivos dos atores. Para
identificá-los deve-se responder às seguintes questões:
·
Quais são as necessidades e objetivos de cada ator em relação ao
sistema?
·
Que informações o sistema deve produzir?
·
O sistema deve realizar alguma ação que ocorre regularmente no tempo?
·
Para cada requisito funcional, existe pelo menos um caso de uso para
atendê-lo?
Outras técnicas de identificação possíveis:
·
Caso de uso oposto : é aquele que desfaz o resultado da realização de
um outro caso de uso. Exemplo: Cancelar Reserva.
·
Caso de uso que precede outro caso de uso: responde a pergunta “O que
pode ocorrer antes da realização deste caso de uso?” Exemplo: Só pode ser feito
o registro do pagamento, depois que for feito o registro de saída (Hotel).
·
Caso de uso que sucede a outro caso de uso: estratégia de identificação
é pensar nas conseqüências da realização de um caso de uso. Ex.: Registrada a
saída do hotel, deve ser feito o registro do pagamento.
·
Caso de uso temporal: pode haver funcionalidades realizadas pelo
sistema que não são iniciadas por um ator.
Responde a pergunta:” Há alguma tarefa que o sistema deva realizar
automaticamente?” Ex.: O sistema deve gerar um relatório mensal de ocupação dos
quartos.
·
Caso de uso relacionado a alguma condição interna: também não tem um
ator diretamente ligado a ela. Nesta situação, o sistema deve realizar alguma funcionalidade
de acordo com a ocorrência de algum evento interno. Ex.: O sistema deve
notificar o usuário quando tiver promoção para o período da reserva.
Casos
de uso secundários: Não trazem benefícios diretos para os atores, mas são
necessários para o funcionamento adequado do sistema.
·
Manutenção de cadastros: Ex.: cadastro de clientes.
·
Manutenção de usuário: adição de novos usuários, atribuição de direitos
de acesso, configuração de perfis de usuário, etc.
·
Manutenção de informações provenientes de outros sistemas: no caso de
comunicação entre sistemas. Ex.: Para registrar o consumo do cliente no hotel,
comunica-se com o sistema do restaurante.
Extensões
e Mecanismos
São
complementos utilizados em diagramas de UML para dar mais clareza ao modelo.
Estereótipos:
Podem ser utilizados para indicar um comportamento que se espera de um
determinado componente. Ex.: <<uses>>,
<<extends>>,<<abstracts>>. Os estereótipos definidos
pela equipe devem ser documentados de maneira que a semântica seja bem
entendida e possa ser utilizado em toda a modelagem.
Uma
exceção ou situação inesperada indica um tipo de relação
<<extends>>.
Uma obrigatoriedade
indica um tipo de relação <<uses>>.
Relacionamentos
Relacionamento
de Comunicação:
Representa
a associação de um ator a um Caso de Uso, a interação do ator com o sistema.
Relacionamento
de Inclusão: A interação entre vários Casos de Uso e um Caso de Uso que seja
comum a todos eles pode ser feita através de um relacionamento de inclusão.
Relacionamento
de extensão: É utilizado para modelar um Caso de Uso que representa um
comportamento opcional, que só ocorre sob certas condições ou que depende da
escolha de um ator.
Relacionamento
de generalizações:
·
Generalização entre Casos de Uso
Usado quando se identifica dois Caso de Uso com
comportamento semelhantes e um deles for uma forma especial de outro.
·
Generalização entre atores
Usado quando se precisa definir um ator que possui o
mesmo comportamento de um ator preexistente, só que com algumas características
especiais.
Relacionamentos
entre os elementos do modelo de Caso de Uso
Comunicação
|
Extensão
|
Inclusão
|
Herança
|
|
Caso
de Uso e Caso de Uso
|
X
|
X
|
X
|
|
Ator
e Ator
|
X
|
|||
Caso
de Uso e Ator
|
X
|
Construção
do Modelo de Caso de Uso
O
modelo de Caso de Uso é composto do
diagrama de Caso de Uso, da documentação dos atores e da documentação dos Casos
de Uso.
Construção
do Diagrama
Procedimentos
a serem seguidos na construção de Casos de Uso em um processo de
desenvolvimento incremental:
1.
Identifique os atores e Caso de Uso na fase de concepção.
2.
Na fase de elaboração:
§ Desenhe os diagramas de Caso
de Uso;
§ Escreva os Casos de Uso em
um formato de alto nível e essencial;
§ Ordene a lista de Casos de
Uso de acordo com prioridade e risco.
3.
Associe cada grupo de Casos de Uso a uma Interação da fase de
construção.
4.
Em cada
Interação, detalhe os Casos de Uso do grupo associado a ela, e os implemente.
0 comentários:
Postar um comentário